“A Igreja não tem sido a Igreja que deveria ser, relevante”, afirma João Alexandre.

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O cantor e compositor João Alexandre cedeu entrevista ao apresentador Elvis Tavares, responsável pelo programa Onde os Fracos Têm Vez, veiculado pela Sara Brasil FM de Florianópolis, em Santa Catarina.

Na ocasião, o ex-integrante do Milad e responsável por uma extensa discografia solo, falou de seu trabalho musical, suas visões acerca da música cristã nacional e da música brasileira em geral; além de comentários políticos.

Compositor de “Pra Cima, Brasil”, João Alexandre fez reflexões acerca da relação das instituições cristãs com a situação política do país. “A Igreja tem que entrar como um poder transformador, como uma luz de esperança. Se há tantos evangélicos no Brasil e está aumentando tanto, por que o país continua ruim?”, questionou o artista.

“Acho que a gente também tem um pouco de culpa nisso. A Igreja não tem sido a Igreja que deveria ser, relevante, atuante, embora muitas tenham trabalhado a parte social”, defendeu o cantor.

Por fim, o artista lamentou os desdobramentos e descobertas das investigações. “Mas a pergunta continua. A cada dia que passa, a gente se surpreende com mais loucura, com mais corrupção, com mais desordem”.

O cantor, que do final da década de 1990 em diante passou a apresentar mais frequentemente composições de críticas, defende que a música evangélica brasileira “sempre houve esse lado de entretenimento, de agradar o ouvido das pessoas, ao invés de alimentá-lo”, disse o cantor.

Por isso, João defende que, a partir de certo momento de sua carreira, se dispôs a tratar de certos temas “doa a quem doer”, voltado “à verdade bíblica”. “As pessoas querem ouvir aquilo que gostam, ao invés daquilo que precisam. Então, já que ‘a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus’, eu tenho que cuidar muito bem, sim, do que ouço, para que a minha fé não se transforme em qualquer coisa”, concluiu o intérprete.